As últimas lágrimas por amor
Há muito, muito tempo, ainda os reis da Europa dominavam o seu território de uma forma absolutista, uma jovem do campo preparava-se para casar. Aparentemente nada disto é anormal, mas a jovem de seu nome Cristiana iria casar-se com apenas dezassete anos e o seu futuro companheiro iria ser um dos seus tios, treze anos mais velho que a sobrinha.
Faltava uma semana para o casamento, mas os preparativos para a cerimónia já tinham começado há mais de um mês. Embora Cristiana seja pertencente ao povo, o seu futuro esposo era um homem rico, vivia do comércio, era um dos maiores comerciantes externos da Europa.
Cristiana precisava do essencial para o Matrimónio, o vestido branco como a neve. O que parecia uma dor de cabeça arranjar vestido foi como não tivesse existido, pois o homem rico deu dinheiro mais do que o necessário para fazer o vestido. Para isso, Cristiana teria de ir à cidade encomendá-lo. Assim foi, Cristiana, na manhã seguinte, foi à grande cidade, mais precisamente ao alfaiate. Era a primeira vez que Cristiana ia à cidade.
Cristiana não andava muito feliz, uma jovem que era conhecida por ser muito alegra e extrovertida, andava agora triste, já que ela iria casar contra a vontade. Este casamento já estava programado desde o primeiro dia de vida de Cristiana, não havia amor entre os dois. Mal ela sabia que a ida à cidade, iria mudar a sua vida.
Chegou à porta do alfaiate, mas ao entrar, sentiu um aperto no coração, foi como se ela fosse encontrar a sua alma gémea naquele estabelecimento, ou ela tem poderes de adivinhação ou já estava programado pois mal entrou dentro da casa do alfaiate, os dois apaixonaram-se loucamente.
Falaram pouco, mas aquele era um amor tão impulsivo que o beijo não tardou a acontecer, seis minutos depois de se conhecerem, já estavam aos beijos.
O que poderiam eles fazer para ficarem juntos, já que Cristiana iria casar-se dentro de seis dias?
Henrique espreitava para o interior da loja, um conselheiro do noivo tinha seguido a jovem e ao ver o alfaiate aos beijos a Cristiana, foi logo denunciá-la a Rafael, seu noivo. Rafael incrédulo com tal atitude ficou revoltado.
Os dois apaixonados combinaram encontrar-se no dia seguinte, à mesma hora, no mesmo local. Cristiana foi para casa e fez de conta que nada sabia. O dia passou, melhor, a noite passou, era já dia, estava quase na hora combinada para os dois “pombinhos” se encontrarem.
Ao chegar à cidade, ouviram-se os sinos da igreja central tocar, alguém tinha falecido, mas Cristiana não ficou preocupada, seguiu o seu caminho e chegou à loja. Ao chegar, viu que ali algo de estranho se passava, correu desenfreadamente para a entrada do estabelecimento e viu que o seu amor tinha morrido, alguém o assassinara. Foi um homem a mando de Rafael que o assassinou durante a noite.
Cristiana não acreditava no que lhe estava a acontecer, ainda mal saboreara o amor, já este tinha desaparecido. Ficou destroçada. Chorou, chorou, chorou… mas nada havia a fazer. Passado pouco tempo tomou uma decisão, correu para fora da cidade, dirigindo-se para a montanha, chegada ao topo da montanha gritou bem alto, tão alto que se ouviu nas zonas próximas da montanha.
- Eu não me irei casar com um homem que não amo. Tiraram-me o homem que amei e que ainda amo. Bem sei que sou bastante jovem, mas eu não me voltarei a apaixonar como aconteceu ontem. Irei ter contigo meu amor!
No final deste grito que ecoou por montes e vales, Cristiana fechou os olhos e atirou-se da montanha abaixo. Morreu.
O sol, que estava radiante e ao ver aquele desastre, fugiu e deu lugar à chuva, há quem diga que a chuva era Cristiana a chorar no céu por não ter encontrado o seu amor. Deram à chuva que se prolongou por mais de uma semana sem parar o nome de “As últimas lágrimas por amor”
E quanto a Rafael, o seu destino também estava traçado, morreu quatro anos depois, deixando três filhos de uma outra mulher.
Sempre que chove, as pessoas lembram-se da história de amor entre Cristiana e o alfaiate e aproveitam cada momento da sua vida como se fosse o último e pensam noutro final desta história se ambos não tivessem morrido.
Fim
Rui Fernandes
Há muito, muito tempo, ainda os reis da Europa dominavam o seu território de uma forma absolutista, uma jovem do campo preparava-se para casar. Aparentemente nada disto é anormal, mas a jovem de seu nome Cristiana iria casar-se com apenas dezassete anos e o seu futuro companheiro iria ser um dos seus tios, treze anos mais velho que a sobrinha.
Faltava uma semana para o casamento, mas os preparativos para a cerimónia já tinham começado há mais de um mês. Embora Cristiana seja pertencente ao povo, o seu futuro esposo era um homem rico, vivia do comércio, era um dos maiores comerciantes externos da Europa.
Cristiana precisava do essencial para o Matrimónio, o vestido branco como a neve. O que parecia uma dor de cabeça arranjar vestido foi como não tivesse existido, pois o homem rico deu dinheiro mais do que o necessário para fazer o vestido. Para isso, Cristiana teria de ir à cidade encomendá-lo. Assim foi, Cristiana, na manhã seguinte, foi à grande cidade, mais precisamente ao alfaiate. Era a primeira vez que Cristiana ia à cidade.
Cristiana não andava muito feliz, uma jovem que era conhecida por ser muito alegra e extrovertida, andava agora triste, já que ela iria casar contra a vontade. Este casamento já estava programado desde o primeiro dia de vida de Cristiana, não havia amor entre os dois. Mal ela sabia que a ida à cidade, iria mudar a sua vida.
Chegou à porta do alfaiate, mas ao entrar, sentiu um aperto no coração, foi como se ela fosse encontrar a sua alma gémea naquele estabelecimento, ou ela tem poderes de adivinhação ou já estava programado pois mal entrou dentro da casa do alfaiate, os dois apaixonaram-se loucamente.
Falaram pouco, mas aquele era um amor tão impulsivo que o beijo não tardou a acontecer, seis minutos depois de se conhecerem, já estavam aos beijos.
O que poderiam eles fazer para ficarem juntos, já que Cristiana iria casar-se dentro de seis dias?
Henrique espreitava para o interior da loja, um conselheiro do noivo tinha seguido a jovem e ao ver o alfaiate aos beijos a Cristiana, foi logo denunciá-la a Rafael, seu noivo. Rafael incrédulo com tal atitude ficou revoltado.
Os dois apaixonados combinaram encontrar-se no dia seguinte, à mesma hora, no mesmo local. Cristiana foi para casa e fez de conta que nada sabia. O dia passou, melhor, a noite passou, era já dia, estava quase na hora combinada para os dois “pombinhos” se encontrarem.
Ao chegar à cidade, ouviram-se os sinos da igreja central tocar, alguém tinha falecido, mas Cristiana não ficou preocupada, seguiu o seu caminho e chegou à loja. Ao chegar, viu que ali algo de estranho se passava, correu desenfreadamente para a entrada do estabelecimento e viu que o seu amor tinha morrido, alguém o assassinara. Foi um homem a mando de Rafael que o assassinou durante a noite.
Cristiana não acreditava no que lhe estava a acontecer, ainda mal saboreara o amor, já este tinha desaparecido. Ficou destroçada. Chorou, chorou, chorou… mas nada havia a fazer. Passado pouco tempo tomou uma decisão, correu para fora da cidade, dirigindo-se para a montanha, chegada ao topo da montanha gritou bem alto, tão alto que se ouviu nas zonas próximas da montanha.
- Eu não me irei casar com um homem que não amo. Tiraram-me o homem que amei e que ainda amo. Bem sei que sou bastante jovem, mas eu não me voltarei a apaixonar como aconteceu ontem. Irei ter contigo meu amor!
No final deste grito que ecoou por montes e vales, Cristiana fechou os olhos e atirou-se da montanha abaixo. Morreu.
O sol, que estava radiante e ao ver aquele desastre, fugiu e deu lugar à chuva, há quem diga que a chuva era Cristiana a chorar no céu por não ter encontrado o seu amor. Deram à chuva que se prolongou por mais de uma semana sem parar o nome de “As últimas lágrimas por amor”
E quanto a Rafael, o seu destino também estava traçado, morreu quatro anos depois, deixando três filhos de uma outra mulher.
Sempre que chove, as pessoas lembram-se da história de amor entre Cristiana e o alfaiate e aproveitam cada momento da sua vida como se fosse o último e pensam noutro final desta história se ambos não tivessem morrido.
Fim
Rui Fernandes
2 comentários:
UAU!!!!
Excelente mesmo. . . . .
Bem eu tava ansiosa pa conhecer esta história e sei que tens muito jeito mas conseguiste superar as minhas expectativas. . . .
PARABÉNS!!!
Agora espero que venha uma próxima tão boa ou ainda melhor que esta. . . .
:)
És bom óptimo contador de histórias, sabias?
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